Autor: Carlos Augusto França Vargas

Data de Defesa: 25/05/2020

Orientador: Guilherme Ary Plonski

Título: A influência da capacidade de inovação e das redes de cooperação na inovatividade de empresas instaladas em parques tecnológicos brasileiros

Resumo:
Parques tecnológicos são ambientes de fomento à inovação tecnológica e geração de riqueza, por promoverem a sinergia entre empresas, instituições de ensino e pesquisa e órgãos governamentais. Suas características particulares criam um ambiente de estímulo à cooperação entre os diferentes atores presentes nesse ambiente, encorajando o investimento em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e aproximando essas empresas de instituições de produção de conhecimento científico. A criação e estabelecimento de parques tecnológicos têm aumentado consideravelmente ao longo das últimas décadas, abrangendo diferentes experiências e modelos. Entretanto, na literatura científica, observa-se que há autores apontando que a efetividade dos parques tem apresentado resultados mistos (Lamperti, Mavilia e Castellini, 2017), especialmente, em relação à inovatividade das empresas residentes (Liberati, Marinucci, & Tanzi, 2016; Lindelöf & Löfsten, 2004; Radosevic & Myrzakhmet, 2009). O objetivo da pesquisa foi analisar as relações da Capacidade de Inovação e Redes de Cooperação para a Inovatividade de Empresas de Base Tecnológica (EBTs) instaladas e nas não instaladas em parques tecnológicos. Quanto aos métodos da pesquisa, adotou-se uma abordagem quantitativa, realizando uma survey eletrônica com os dois grupos de empresas identificadas como empresas on-park e empresas off-park. Após coleta de dados e tratamento da base de dados, obteve-se uma amostra não probabilística de 193 EBTs (88 empresas on-park e 105 empresas off-park). Para a análise dos dados, utilizou-se a técnica multivariada de regressão logística, considerando a “Inovatividade” como variável dependente. As variáveis independentes foram formadas pelos constructos: “Capacidade de Inovação”, “Cooperação Doing Using and Interacting (DUI)”, “Cooperação Science Technology and Innovation (STI)”. Dentre os principais achados da pesquisa, destacam-se: a “Capacidade de Inovação” foi apurada com um efeito maior para a inovatividade nas empresas fora de parques do que nas empresas instaladas em parques; a “Cooperação DUI” foi observada como significante para maior inovatividade nas EBTs em parques; não foi verificado significância nos dois grupos na associação entre parceiros de STI e inovatividade. Os resultados encontrados permitem concluir que embora a Cooperação STI não resulta em retornos financeiros de curto e/ou médio prazo, que ela deva ser considerada uma parceria de longo prazo que pode trazer substantivos ganhos tecnológicos relacionados aos produtos desenvolvidos. Por fim, o estudo apresenta como originalidade a investigação do efeito parque tecnológico para a Inovatividade de EBTs, por meio da abordagem da Cooperação STI e DUI.

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